terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Kelly, Grace

Grace Kelly de certeza que usava um bom perfume. A diva de Hitchcock marcou sem dúvida a história do cinema não apenas pela fabulosa cena do beijo em Rear window, mas também por um porte e uma elegância que se confirmaram quando Princesa do Mónaco. A sensualidade de Grace Kelly estava precisamente nesse misto de mistério e sedução que transparece em cada cena. A vulnerabilidade falsa de Country Girl ou a irreverência de High society ou To catch a thief. Contracenou, ainda que em meia dúzia de filmes, com Ava Gardner, Clark Gable, Cary Grant, Frank Sinatra. E depois de Princesa alimentou o sonho de regressar ao cinema. É neste regressar que encontramos nela o cheiro do cinema, imperceptível, eterno. Um vestido branco que flutua por entre sofás, uma écharpe que se despe, um odor que fica por entre as películas femininas de cada filme.

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